» 22/07/2007 Letras Traduzidas - Jeff Buckley
Se você der uma olhada no lado esquerdo da página, vai ver "Downloads" - eu resolvi disponibilizar algumas essas músicas porque não são tão populares e vale a pena ouvir também. Na empolgação de carregar, acabei colocando duas músicas do primeiro álbum solo de Chris Cornell, Euphoria Morning, são maravilhosas, "Moonchild" é perfeita para ouvir de noite... mas enfim, e a do Soundgarden, uhm, como eu poderia dizer, ela é simplesmente sexy! É um pouco mais suave do que "She Likes Surprises", haha, quando ele diz: "Lips and tighs abused by our eyes", não precisa nem de entender inglês para sacar, haha.

Eu traduzi algumas músicas do Jeff Buckley, mas de forma aleatória, então se alguém quiser que eu traduza alguma outra, e tiver afim de pedir, eu posso traduzir de graça (sabe como é caro essas coisas neste país).

»» IF YOU KNEW/SE VOCÊ SOUBESSE
Se você soubesse o quanto sinto sua falta/ Você não estaria tão longe/ Você não tem idéia do quanto eu preciso de você/ Fique aqui, querida, comigo.// Eu preciso de você ao meu lado/ Juntos, jamais separados/ Apenas você, apenas eu, meu amor// Eu não posso continuar sem você/ Eu vivo apenas pelo seu amor / Seu coração, sua alma, meu amor// Eu não posso continuar sem você/ Para sempre e por um dia/ Eu preciso de você ao meu lado/ Para sempre e por um dia/ e ninguém mais/ Eu te amo, eu te amo.//

»» SATISFIED MIND/ SATISFEITO
Quantas vezes você ouviu alguém dizer/ Se eu tivesse dinheiro, faria tudo do meu jeito,/ Mas mal eles sabem que é muito difícil descobrir/ Um rico entre dez que esteja satisfeito/ O dinheiro não pode trazer sua juventude de volta quando você está velho/ Um amigo, quando você está sozinho, ou a paz para sua alma/ Uma pessoa rica pode ser uma pessoa pobre/ Comparado a um homem satisfeito/ Quando minha vida chegar ao fim e meu tempo acabar/ Meu amigos e as pessoas que amo, eu não deixarei nenhuma dúvida para eles/ Mas, de uma coisa é certa, quando minha hora chegar/ Eu deixarei este velho mundo, satisfeito/ De uma coisa é certa, quando minha hora chegar/ Eu deixarei este velho mundo, satisfeito / Satisfeito//

»» WHAT WILL YOU SAY/ O QUE VOCÊ DIRIA?
Já se passou um bom tempo/ E eu era apenas uma criança naquela época/ O que você vai dizer/ Quando você ver meu rosto?// O tempo parece ter ido embora/ Os dias passam e desaparecem/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto// É engraçado agora/ Mas não me sinto como um homem/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto?// Amada mãe, o mundo ficou tão frio/ Ninguém mais se importa com o amor/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto?// Pai, você pode me ouvir?/ Você me conhece?/ Você, ao menos se importa?/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto?// Meu coração não aguenta mais isso/ O que você vai dizer quando/ Ver meu rosto?// Amada mãe, o mundo ficou tão frio/ Ninguém mais se importa com o amor/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto?// Pai, você pode me ouvir?/ Você me conhece?/ Você, ao menos se importa?/ O que você vai dizer/ Quando ver meu rosto?//

»» HALLELUJAH/ ALELUIA
Eu ouvi falar num acorde secreto/ Que David tocou e agradou ao rei/ Mas você não se importa com a música, se importa?/ Ela vai pelo quarta, quinta nota/ A menor cai e a maior aumente/ O rei atônito compõe aleluia// Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia// Sua fé era forte mas você precisava de provas/ Você a viu se banhando no telhado/ A beleza dela no brilho da lua te encantou/ Ela te amarrou na cadeira da cozinha/ Quebrou o seu trono e cortou seu cabelo/ E dos seus lábios ela arrancou um aleluia// Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia// Baby, eu já estive aqui/ Vi este quarto e andei nesse chão/ Você sabe, eu vivia sozinho antes de te conhecer/ Eu vi sua bandeira no arco de mármore/ E o amor não é uma marcha da vitória/ É um frio é uma aleluia / Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia// Houve uma época que você me deixou sabe/ O que estava acontecendo lá embaixo/ Mas você nunca me mostrou, não é?/ Mas você se lembra quando entrei(me mudei) em você/ E a pomba sagrada entrou também/ E cada suspiro que dávamos era uma aleluia// Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia// Talvez existe um deus acima/ Mas de tudo que aprendi do amor/ Foi como atirar em alguém que atirou em você/ Não é um choro que você ouviu de noite/ Não é alguém que você viu na luz/ É um frio e uma aleluia quebrada// Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia/ Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia/ Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia/ Aleluia//

»» LAST GOODBYE / ÚLTIMO ADEUS
Este é o nosso último adeus/ Eu odeio sentir esse amor entre nós morrer/ Mas está acabado/ Apenas ouça isso antes de eu partir:/ Você me deu muitos motivos para viver/ Mais do que você // Este é o nosso último abraço/ Eu devia sonhar e sempre ver seu rosto?/ Por que eu não posso vencer esta barreira?/ Baby, talvez seja porque eu não sabia nada sobre você// Me beije, por favor, me beije/ Mas beije sem desejo, querida, e sem nenhum consolo/ Você sabe,/ Que isso me deixa bravo porque eu percebi isso em tempo/ Eu apenas te farei chorar, este é o nosso último adeus// Você disse "não, isso não pode acontecer comigo,"/ E você correu para atender o telefone?/ Você ouviu uma voz rude atrás da sua cabeça dizendo,/ "Talvez... você não soubesse nada sobre ele."// Os sinos fora da torre da igreja tocam/ Queimando mistérios do meu coração/ Pensando o tempo todo nos olhos delicados dele e a memória/ Dos suspiras dela que, "Está acabado... está acabado..."//

Não ficaia estranho: "Mente Satisfeita"? Eu não sei, tem um ar bem poético assim mas achei estranho.



» 21/07/2007 MTV Entrevista Traduzida III - Jeff Buckley
Jeff Buckley


Estava dando uma clean-up no computador e achei esta entrevista traduzida, não é das melhores, aliás, é uma entrevista com a MTV. Se vocês repararem nas 2 entrevistas que já postei de Jeff, parece até que ele decora as perguntas ou vai ver está lendo no teleprompter, mas enfim, dá para sentir o tédio dele só de ler. Ahh, e Mickey (Mick Grondahl - baixista) é um dos integrantes da banda de Jeff, só para constar.

»»MTV'S 120 MINUTES, 10/01/95
MTV: Você poderia falar só um pouquinho, sobre seu pai, e sua mãe que tocava piano clássico e...
Jeff: É, na verdade eu fui criado pela minha mãe. Eu, meu irmão mais novo e ela. E eu fui criado pela família da minha mãe e rolava música o tempo todo. E a minha avó, ela tinha este violão e estas cordas no armário dela. E eu as encontrei e pedi para ficar com elas. E foi assim que eu comecei a tocar. Mas eu ainda não sabia como tocar, eu peguei prática até meu 13 anos, mais ou menos, que foi quando eu consegui minha primeira guitarra. Guitarra. Sabe como é. Quando um adolescente ganha uma guitarra, é simplesmente... o potencial é como se aquilo fosse tomar a vida dele para sempre. E foi o que aconteceu.

MTV: E foi nessa época que você começou a tocar, aos 13 anos?
Jeff: 14 anos.

MTV: Você vivia em bandas que ainda estava surgindo...
Jeff: O tempo todo. (MTV: E no colégio?)O tempo todo. Por algum motivo, sabe? Nós vivíamos nos mudando, então, constantemente, acabava tendo que abandonar tudo e começar em outra banda. Então se algo desse certo uh, eu tinha que deixar.

MTV: E depois você se mudou para Hollywood?
Jeff: Eu deixei a minha mão se mudar quando eu tinha uns 17 anos. E eu, uh, fiquei onde eu estava para terminar o colegial e depois fui para Los Angeles, morar em Hollywood.

MTV: E em quantas bandas você esteve, depois? Foi quando você começou...
Jeff: Não, era apenas bagunça. E eu estava em projetos, apenas tentando me manter um pouco tranquilo. Na minha casa gravando sessões para meus amigos e esses tipos de coisas. Quando eu conheci o Mickey foi a primeira banda boa em que eu já estive. Sem dúvidas.

MTV: E foi a primeira de verdade, porque você trabalhou solo por um bom tempo.
Jeff: Eu toquei solo porque estava esperando alguém como Mickey aparecer. Eu conheci Matt. E eu já conhecia Michael, o guitarista. Aconteceu tudo de uma só, há 3 semanas antes de gravar Grace. Três semanas mesmo?
Mick: 3 ou 6 semanas.
Jeff: 3 ou 6 semanas.
Mick: Não foi muito tempo.
Jeff: Então, na verdade eu aparecei como um furacão e acabei com a vida deles. Para a melhor, eu espero, né?
Mick: Foi sim.
Jeff: Desde que tenha sido para melhor, essa foi a intenção.


MTV: Então, antes de começar a gravar, você percebeu que, eventualmente, você precisava...
Jeff: Eu soube, eu soube quando eu estava fazendo apresentações solo eu percebi que eu precisava de uma banda, eu não queria apenas escolher músicos para uma passagem apenas. Eu já estava cheio disso. Eu queria uma banda pra valer, pelo menos uma na minha vida que eu sabia que ia dar certo. E eu percebi, percebi que Mickey era o cara certo, nos demos bem na primeira noite que tocamos. Era umas 2 da manhã e tínhamos que tocar bem baixinho, e ele teve uma boa melodia. Foi quando percebi. E quando eu, Mick e Matt, o baterista, nos juntamos, foi a primeira noite que começamos a compôr "Dream Brother". Tudo que tocamos, eu e Mickey jogávamos tudo para Matty, Matty ajudava a encaixar nos arrnajos. Quer dizer, se você tem como fazer isso, você está feito. Além de que, ele é uma ótima pessoa.

MTV: Então como você se sente sobre toda essa cobrança que você tem recebido recentemente. Todos os críticos estão de olho em você, em...
Jeff: É algo temporário. Vamos ver o que acontece no próximo ano. Mas eu estou feliz, eu esto contente. Isso... eu não sei. Cobrança de crítico é algo que você não pode ver como algo, como, é..., hum....
Mick: Uma comparação.
Jeff: É, você não pode se comparar com o que a crítica diz. Eles, uh, eles tem uma experiência musical diferente em relação a uma pessoa normal. Eles, eles têm uma pilha de CDs na mesa dele para ficar analizando e projetar uma imagem que eles sabem que vai promover vendas e toda essa coisa. Mas eles têm sido bem sinceros. E é claro algumas pessoas devem odiar meu trabalho. Eu estou preparado pra isso. Apesar de eu não me importar.

MTV: Você se sente muito pressionado por ter que fazer shows e por ter que atender às expectativas do público?
Jeff: Não, não. As pessoas que vêm nos ver sabem que nós somos o que eles vêem no palco. É algo bem imediato. Se eu percebo que a galera não tá muito animada, a gente também vai ter que tocar com essa energia e vamos ter que nos apresentar desse jeito, o show inteiro vai ter que ser assim. Ou se nós estamos animados, o show todo vai ser animado. Isto é, hum, sabe, música. Está sempre mudando. Não tem como prever... não dá para impôr uma estrutura. Você toca de acordo com a disposição, é você quem controla isso. É uma mutação.

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MTV: O Led Zeppelin foi uma influência para...
Jeff: Muitas coisas foram influências. A crítica sempre fala de Zeppelin mas Zeppeling é só o que eu ouvia quando eu tinha 5 anos, Zeppelin II. De acordo com a Spin (uma revista), Led Zeppelin não é música alternativa, apesar de eu discordar. Mas existem outras influências, outras coisas que apareceram. Gostamos de todos os tipos de banda. Todos os tipos de experiências musicais. Não é só rock, sabe. Poderia ser Birthday Party ou Esquivel. Gostamos dos dois.

MTV: E Leonard Cohen?
Jeff: Também. Mas o motivo de eu ter tocado Hallelujah foi por causa da música e não por causa de Leonard. Ah, mas eu o que posso fazer a não ser admirar? Você não pode fazer nada a não ser admirá-lo, ele é demais.

Eu cortei partes da entrevista que fala sobre qual vai ser o próximo single e blá blá blá, achei muito cansativo para alguém ficar lendo numa tela de computador, se alguém sentir falta... eu posso colocar.
A melhor parte é a última, esnobou Leonard Cohen na cara dura, hahaha, mas Jeff Buckley pode e não vamos escandalizar, foi só uma nota que ele colocou, ok?



» 20/07/2007 Jeff Buckley - Entrevista Traduzida II
Qual a utilidade de ficar traduzindo as entrevistas de Jeff Buckley? Uh, ele tem um vocabulário diferente para mim, e isso "enriquece" o meu inglês e quem sabe o meu português também. E claro, ele consegue pensar antes de falar - é uma boa diferença, não é?
Estava dando uma lida nessa entrevista (sem dados: data, revista, autor) e achei interessante a última parte. Enquanto eu traduzo fico com pressa de digitar logo antes que a palavra certa fuja da cabeça, então os erros ortográficos gritantes e impagáveis são provas dessa minha deficiência.

Você cresceu no Sul da Califórnia, mas depois se mudou para Nova York. Do que você mais gosta da cidade?
"A cidade inteira é viva. Chega a ser evidente, comparado a Los Angeles, que era submerso e isolado. É uma circulação sanguínea diferente que flui na cidade. As pessoas lá correm atrás do sucesso, ficar famoso, e puxar o tapete do outro, sabe, isso é muito doentio. Toda aquela coisa de Hollywood - é uma cidade industrial, como uma cidade moedora de aço, mas a indústria é a fama, não a arte. As pessoas de lá são como várias nuanças de infelidade... e quem quer ser famoso?"
Então, você se mudou para Nova York e começou a fazer shows solos...
"É, eu toquei em Nova York por dois anos meio. Eu fiz, em Sin-é [um bar Irlandês de NYC), pelo menos, uma apresentação por noite ou duas numa semana, incluíndo alguns outros shows. Eu me sacrifiquei totalmente e comecei a me apresentar para lá e para cá, porque eu precisava de ganhar dinheiro e eu precisava apredner isso, eu estava tentando aprender.Em Sin-é eu costumava tocar umas 2 horas diretas - era pesado. Ás vezes eu tinha sorte e ganhava 200 dólares tocando em grandes apresentações, mas na maioria das vezes eu tocava o que me pediam. Fazer um show de duas horas era, apesar de tudo, divertido... ainda é divertido. Eu até fiz algo de especial para o Ano-Novo.
"Olha só, eu queria me transformar num ótimo contador de história, e eu não tive nenhuma preparação ou outra maneira para chegar lá, então eu decidi me virar, porque não tinha ninguém para me ensinar. Eu acho que e estava querendo conhecer Ray Charles numa noite dessas. Aquela coisa de professor veio de toda a minha obcessão pelo *be-bop, sabe, como aquela velha história de Miles David que vai para Nova York e conhece Charlie Parker, e eles acabam sendo reconhecidos e depois se transformam em gênios - é legal, e acho. É mais original assim."

Houve uma certa guerra de proposatas em 1992 entre as gravadoras querendo assinar contrato com você. Deve ter rolado muita grana perto de você - já se sentiu atentado por isso?
"Não, porque eu tenho um ótimo advogado, e nos concentramos mais na estrutura do negócio do que na grana. O dinheiro, assim como todos os negócios do mundo da música, não pertencem a você. São como números numa pedaço de papel. Você pode aparecer com, por exemplo, 4 álbuns geniais e mesmo assim não ganhar nenhum centavo, mas a estrutura da negociação, é o que te mantém vivo - como a publicação, quando tal coisa termina... tudo isso faz um papel muito importante e você precisa deixar sua palavra bem clara - é muito importante, você precisa fazer isso."

Você conviveu com a falsidade dos negócios?
"Sim, porque o ex-marido da esposa do meu padrasto (risadas) administrava uma banda, e tinha outras pessoas da época da minha mãe que viviam tentando me desistimular depois que eles me viram com uma guitarra na mão, e me deram aqueles conselhos, sabe: 'Esse negócio é uma selva... eles te roubam pelas costas, tiram tudo de você e te estrupam, blá, blá, blá,' e eles ficaram lá, na cidade frustrada deles, pensando que eles iam conseguir algo. Mas o que eu vi foi que eles têm um filho e uma casa muito legal para morar, e eu não consegui isso até eu crescer um pouco e fui para Los Angeles."

Grace é o título do seu álbum. Qual o significado dessa palavra para você?
"Grace é como se fosse um oração, uma oração de morte - não sobre estar com medo disso, afundando totalmente em problemas e todas essas coisas que aparecem na vida, e que depois alguém começa a te amar de verdade ao invés de desejar a morte mesmo pensando nisso, ela não é um problema. Mas sim, a morte como alívio."

Você preparou algum material depois de Grace?
"Não tudo que eu posso guardar, mas eu tenho muitas coisas sendo preparadas."

Você perdeu seu diário em Sidney...
"Não, não, eu recuperei ele. É o diário que vivo perdendo e vivo recuperando. Eu fiz isso umas 30 vezes, pelo menos."

Você devia ser abençoado.
"Não, o mundo é um lugar muito honesto... ah sim, eu sou abençoado, sabe, os idiotas sempre são abençoados. Você sempre tem uma sorte idiota quando se é um idiota feito eu!"

»FOTOS - JEFF BUCKLEY

Eu estava pensando em share algumas músicas tocadas ao vivo por Jeff, claro ("Satisfied Mind" e "What Will You Say"), vou ver o que compensa mais: baixar ou carregar (e dividir). Tenho tentado baixar umas músicas do segundo álbum do Chris Cornell, apesar de já ter ouvido e ter me sentido meio Eagles, sabe? Ah é, ele fez cover de Eagles, "Hotel California" (ha-ha), esta música é tão "experienced man", acho que isso de falar do amor-da-vida já perdeu o encanto, só para quem tem o dom mesmo. Talvez exista uma carga de dom, acho que a de C. Cornell já se foi no Soundgarden e no primeiro álbum o resto foi para o Audioslave, e 007 is gone, baby.



» 13/07/2007 Jeff Buckley - Grace (música)
Seria uma boa idéia aproveitar esse enorme fluxo de admiração pelo Jeff Buckley para ficar traduzindo o que ele fala e postar fotos....? Enquanto eu me divirto, não irei me preocupar...

»FRASES DE JEFF BUCKLEY
Jeff Buckley descreve sua música como "sonhos vagarosos da mente. Uma parte vem de situações difíceis e outra parte é a estrutura. A importância das situações difícieis é fazer com que as coisas cresçam... você já teve uma dessas lembranças onde você acha que lembra o sabor ou a sensação de algo... talvez de um objeto... mas a sensação é tão bizarra e imperceptível que você não consegue distinguir? Isso te deixa louco. É essa a harmonia de minha música... essas memórias passageiras. A graça disso agora é que eu posso gravar isso num disco ou tocar ao vivo. É completamente surreal. É como se tivesse um vigia na porta da sua memória e você não pode lembrar de certas coisas porque você consegue obter essa completa experiência apenas se afunda se afunda no poder disso tudo. Você pode ser destruído ou ferido... você não sabe... é como estar morrendo."

"Esta é uma música que se chama Grace, e um dia eu estava fazendo uma faxina no meu quarto e eu estava pensando, uh... sobre essa obcessão em morte e morrer, até chegar um ponto em que você não se importa mais. Porque alguém existe."

"É uma música sobre a minha morte, mas sem temê-la."

Bom, como a música contemplada é Grace, eu a traduzi, previsível?
Há uma lua pedindo para ficar/ Longe demais para as nuvens para me dispersar/ Bem, é a minha hora chegando, eu não estou com medo de morrer/ Minha voz desaparecendo canta o amor/ Mas ela chora com o passar do tempo/ Do tempo

[Refrão]:
Aguarde nas chamas...

E ela chora em meu braço/ Andando em direção das luzes brilhantes na tristeza/ Eu bebo um pouco de vinho e nós dois devemos ir amanhã/ Oh, meu amor/ E a chuva está caíndo e eu creio que/ Minha hora chegou/ Isso me lembra da dor/ De ir/ E deixar para trás

[REFRÃO]:
Aguarde nas chamas...

E eu sinto eles afogarem meu nome/ Tão fácil de perceber e de esquecer com este beijo / Eu não estou com medo de ir mas estou indo tão lentamente

E agora, algumas screenshots do videoclipe de Grace:
Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace
Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace
Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace Jeff Buckley - Grace



» 12/07/2007 Jeff Buckley - Entrevista Traduzida I
Jeff BuckleyAhh, início de férias (sighs)... eu pensei que ia dar para eu ouvir "Everybody Here Wants You" e todo o Sketches For My Sweetheart The Drunk, mas not this time, again. Jeff Buckley é perfeito! Ha-ha, novidade? A voz dele, o jeito que ele canta e, lógico, a música. Ele sabe se expressar sem ser brega, sabe? Tipo Chris Cornell (em Euphoria Morning e só, ok?) mas com Jeff existem um tom mais, uh, artístico, daqueles que sabe dar graça a uma cover de Edith Piaf... não, não, se você não o conhece, esqueça os meus comentários melosos e ouça!

Eu traduzi uma entrevista dele, nada demais, mas enfim.
RAY ROGERS: Você fez o seu próprio nome em Nova York tocando ao vivo por toda a cidade.
JEFF BUCKLEY: É, eu cresci no Sudeste da Califórnia, mas é onde eu cresci. Esse lugar se transformou em tudo o que eu imaginei que se transformaria: fede feito o inferno -- um enorme buraco de merda. A arte está em todos os lugares. A eletricidade está em todos os lugares. É algo bem extremo. Eu não estou dizendo, "É um passo legal, maravilhoso," mas faz sentido pra mim.

RR: Você se mudou aqui de Los Angeles, depois de terem pedido pra você tocar num tributo memorial em Brooklyn para o seu pai, Tim Buckley.
JB: Sim. Eu decidi tocar, em contraste, primeiramente. Quando meu pai morreu, eu não fui convidado para o funeral, e isso me deixou muito chateado. Eu imaginei que se eu tocasse nesse tributo, cantasse, e desse todo o meu respeito, eu consegueria resolver o problema. Eu não queria que a minha aparição fosse mal interpretada, então eu disse: 'Eu não quero me aparecer; eu só quero seguir em frente. Eu não chegar a nenhum lugar fazendo isso. É um assunto muito pessoal meu.'

RR: O que você cantou?
JB: Eu cantei uma música de Tim chamada "I Never Asked to be Your Mountain." É sobre ele tendo que levar uma vida de cigano. Eu sou mencionado na música quando ela fala da namorada dele na época -- minha mãe. É uma música bonita. Eu tanto admirei quanto a odiei, então foi o que eu cantei. Existe toda essa expectativa que faz a cabeça das pessoas sobre essa baboseira do "'60s offspring", mas eu não posso te falar que ele não tem nada a ver com a minha música. Eu o conheci umas vez quando eu tinha 8 anos, foi a única vez. As pessoas que me criaram musicalmente são a minha mãe, que aprendeu a tocar piano clássico, e meu pai adotivo.

RR: Quando você percebeu que você queria cantar?
JB: Eu sempre quis cantar. Minha e eu íamos sempre ouvindo rádio enquanto ela me levava para a escola. Quando "Summer Breeze" tocava, ela fazia a segunda voz, e eu a terceira. Música foi como o meu primeiro brinquedo. Eu era uma criança diferente, e eu passava a maior parte do tempo sozinho -- e eu gostava disso. Eu ainda gosto de ficar sozinho.

RR: Sempre que eu te vejo tocar aqui em Nova York em Sin ou Fez, as pessoas ficam fascinadas.
JB: As pessoas não estava interessadas no começo. Eu tive que lutar para ser ouvido. Depois eu tive que parar de lutar. Meses inteiros se passavam em que as pessoas só conversavam. Eu até fiquei com dorde cabeça num show uma vez.

RR: O que mudou?
JB: Eu aprendi a me acostumar com a música como se fossem as coisas de um quarto. A melodia tem que soar em harmonia com os acontecimentos do momento. Então, se as pessoas estão conversando, eu os deixarei conversar. Isso apenas significa que ele são parte da música. Eu tive até que me acostumar com o barulho que os lavadores de pratos faziam num barzinho; eu tive até que tocar em si bemol, se não não iria sair direito.

RR: Você coloca muito sentimento na sua voz. Uma palavra soa por minutos, ás vezes.
JB: As palavras são muito bonitas, mas elas são limitadas. As palavras são bem viris, bem estruturadas. Mas a voz é o submundo, a escuridão, onde não há nada para se segurar. A voz vem de uma parte sua que é viva, que expressa e que existe. Eu preciso de me encontrar em cada pedacinho da letra, ou senão não posso trazer a música para você -- ou então são apenas palavras.

RR: De onde você tira inspiração para as suas composições.
JB: De pessoas que conheço. Devaneios. Eu tenho muitos devaneios. Eu não sou o melhor compositor, ainda; eu fui influenciado por -- Nina Simone, Nusrat Fateh Ali Kahn, Patti Smith -- pessoas que me mostraram que a música deve ser livre, deve ser penetrante, deve carregar você.

RR: Quando você está no palco, você dá o máximo de você. E quando você está fora do palco?
JB: Como eu pareço nesse exato momento? É como eu sou. Eu sei do total desapontamento de conhecer alguém que está sempre "dando o máximo." Se você trabalha se esforçando encima do palco, você pode ser ultrafabuloso, mas quando você está fora do palco, você é como uma parte de uma bijuteria que não tem nenhuma função, como Michael Jackson.

RR: Eu quero falar sobre outro Michael. Eu li uma crítica que comparou o seu EP recente, Live at Sin-e, com o novo álbum de Michael Bolton.
JB: Ai caramba! Puta merda, isso é nojento!

RR: E vai piorar. Eles disseram que ele conseguiu sucesso pegando um pouco da tradição do soul e cantores de blues Afro-Americano de uma forma que você falhou miserávelmente.
JB: Sério? Mas acontece que eu não tive influência nenhuma daquela tradição. Eu não quero ser preto. Michael Bolton só quer ser preto, preto, preto. Ele é uma droga também.

RR: Eu soube que Robert Plant foi uma grande influência para você.
JB: Esse é o cara! A melhor coisa sobre as músicas do Zeppelin é por causa do jeito que Plant canta, se você os colocar numa composição musical diferente, eles vão soar como R&B. Com Led Zeppelin, tudo está fora da melodia, e Plant canta notas erradas. Mas ele foi o cara que me mostrou que na verdade não haviam notas erradas alí.

RR: As pessoas comentam muito sobre o quanto você é bonito. É estranho ver as pessoas babando pela sua aparência?
JB: É um assunto muito delicado. Na capa do meu disco, você pode ver bem o meu rosto. Eu ainda acho que eu pareço um nerd. A sua aparência não fala merda nenhuma se você não pode cantar nem se você tem algum significado para as pessoas. Não fala se você não é sincero com você mesmo. Eu tenho idéias diferente sobre beleza em relação ao resto do mundo.

RR: Qual a sua idéia de beleza?
JB: É simples. Seu sorriso. As pessoas tem um certo perfeccionismo sobre eles mesmos, não importa quem sejam. Como quando Janis Joplin canta. Maravilhosa!

RR: É disconfortável para você se comprometer a lidar com toda essa propagação barata da indústria da música?
JB: Existem milhares de grandes artistas que não estariam fazendo o mesmo trabalho se não tivesse nenhuma máquina de negócios da música. Os que são populares estariam fazendo muita coisa diferente também.

RR: Onde você se vê daqui a dez anos? (...)
JB: Ainda em Nova York, tentando se aproximar ás emoções na música ainda. Eu não me vejo numa torre de marfim.

* Perdoem qualquer erro gramatical ou ortográfico.